terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"A experiência é um carro com os faróis voltados para trás"

Por professor Edilson Lôbo

A citação acima é de um dos maiores escritores brasileiros, Pedro Nava, morto em meados dos anos oitenta, ao afirmar que a sua experiência não lhe servia para nada.

Muito embora minha opinião não convirja com o pensamento de Nava, tão pouco devamos aludi-la, (a experiência) como fator de exclusão, àquelas pessoas que almejam na sua caminhada cotidiana, progredir ou ascender em qualquer setor da sua vida profissional.

Esse meu comentário vem a propósito, considerando algumas vozes que querem fazer coro na UNIR. De que estamos falando? De uma candidatura que hoje reune as melhores condições para reivindicar a reitoria da Universidade Federal de Rondônia: a da professora Berenice Tourinho.

Evocar a falta de experiência administrativa como condição primeira para não habilitá-la a assumir este posto é de uma fragilidade. Rememoremos todos os nossos ex-Reitores, analisemos as suas trajetórias no percurso de suas campanhas, e constataremos que a nenhum deles (pelo menos ao que me consta), foi cobrada a experiência administrativa necessária como condição para dirigir a nossa Instituição.

Para além da tão propalada falta de experiência em administração da candidata Berenice Tourinho, sobra-lhe legitimidade, coerência, capacidade, respeito às decisões coletivas e conhecimento profundo da atual situação da nossa Universidade, em todas as suas dimensões. Está na Comissão que integra membros do MEC e dos demais segmentos da UNIR, uma espécie de "gabinete de Crise" para, a partir de um diagnóstico da grave situação em que se encontra a Universidade, "construir pontes", no dizer da própria professora Berenice, na perspectiva de ver sanada tal situação. Posição mais privilegiada não existiria para um olhar crítico dos nossos reais problemas. A experiência nessa perspectiva passa a ser um mero detalhe. Como se não bastasse, gravita em torno da sua candidatura o apoio incondicional do Fórum Permanente em defesa da UNIR, que congrega pessoas dos três segmentos da comunidade acadêmica. É uma pessoa que inspira total confiança nesse coletivo e, basedos nessa mútua confiança, todos juntos haveremos de REFAZER A UNIR.

8 comentários:

Anônimo disse...

mandou bem lôbo. de que serviu a "experiência" do januário?

Anônimo disse...

Lobo, concordo com vc. A Berenice deverá escolher os seus pro-reitores técnicos e não do conchavo eleitoral. Deverá manter um núcleo de auditoria interna permanente além da PGF. E ainda, deverá chamar a comunidade para fazer uma prospectiva estratégica para lançar um plano estratégico de consolidação da Unir em sua plenitude.
Esta é a receita. Espero que ela faça
Porque os experientes usaram do cargo para prospectarem a si próprios

Lurdinha disse...

Adoro seus textos Professor Lôbo. Bom dia!

Anônimo disse...

Parabens...professor Lobo...um texto claro, e que responde a muitos dos boatos levantados em torno do nome da professora Berenice Tourinho.

Carlos Santos disse...

Caro Lobo, a alusão ao Nava vem bem a calhar. As experiências são passado. Futuro é criatividade, algo do qual a Unir é extremamente carente. Portanto, apoio a colega Berenice. Valeu!!!

Anônimo disse...

Sobre o debate na TV:
Ene Glória nos fez dar boas gargalhadas ao se referir às "hidro elétricas ecológicas" depois de menosprezar os cursos da area de humanas. Maria Cristína ao falar da escuridão do Campus de Rolim nos mandou pedir à Toshiba que resolva o problema. Quem tem de resolver é é a REITORIA. É duro ouvir esse blá blá dos atuais gestores e os gestores do passado que permitiram o desmantelamento da UNIR.
Força, Berenice. Vamos mudar a UNIR, conte conosco.

Aluna de Pedagogia do Campus de Rolim de Moura

Anônimo disse...

Se os professores da UNIR se preocupassem em dar aula e não fazer política e joguinhos sujos, a Universidade não estaria no buraco em que está.
Aliás, alguns deveriam perceber que recebem seus salários para dar aulas e lançar notas no fim de cada semestre.

Anônimo disse...

Ene falar em aumentar o número de cursos? E onde é mesmo que ele vai arrumar salas, já que não temos salas nem para atender os cursos que já estão em andamento? Ou ele não tem conhecimento que existe esse problema? Que UNIR é que ele quer gerenciar? E o que foi mesmo que Júlio Rocha tanto fez em 20 anos de UNIR? FORÇA, BERENICE! Vc não precisa mentir nem inventar soluções absurdas! E é por isso que será REITORA!